Percebi que ao contrário do que pensa a maioria, só os desprendidos de sentimentalismo vêem a beleza real do mundo e das pessoas. Falo por mim mesma e por poucos semelhantes que me rodeiam e sentem o mesmo.
A notável diferença entre nós é o que ainda me deixa feliz por ser diferente, por não pertencer a padrões de atitude e convívio.
A partir do momento que não nos importamos em ser ou ter, e não carregamos o asco de sempre precisar de tudo, todos a todo tempo, a vida se torna como aquele ditado que todo mundo acha bonito, mas não acredita, - se não voltar pra mim é porque nunca me pertenceu. Não me obrigo a sofrer por antecipação ou a agonia constante da falta de respostas para tudo que me afeta, as coisas acontecem naturalmente, acredito em destino e eu tento viver e não esperar que os outros o façam por mim.
Algumas dessas criaturas (humanos) tendem e não sei o porquê, a se submeter e criar necessidades que acabam deixando-os cegos, surdos, mudos e empacados na vida. Mas é isso que adoro, a diversidade entre a mediocridade humana e a perfeição de pertencer a algo tão maravilhoso.
Um de meus vícios diários (são tantos) é ficar imaginando a história de vida de alguém que passou por mim na rua, e me olhou nos olhos mesmo que apenas por meros segundos, já sendo o suficiente pra eu me perder em pensamentos e sorrir sentindo como é incrível tantas pessoas, tantas vidas, idéias, amores, raças, belezas e histórias, em volta de mim e não dentro. Eu gosto de ouvi-las.
Sei que pra maioria não tem nada de especial, mas isso me consome, sentir o movimento psicológico de alguém, ver e apreciar como reagimos às situações, como o silencio entre dois pode ser mais intenso e significativo do que milhares gritando.
Como um gesto, o olhar e o contato físico podem abrir uma alma e criar todo um novo “pensar” e assim como dominós, um por um somos afetados por isso, uma coisa tão pequena quanto um desejo bobo, pode virar algo tão grande quanto um desejo bobo? O mesmo humano que quando criança tinha um pássaro, virou médico-biólogo e na fuça de uma macaquinho enfia tubos e na pele dele testa vermífugos. Mesquinho e inaceitável, o lado podre de nós que infelizmente existe. Desse tipo de “humano”, apenas me questiono até que ponto alguém é mal e o que passa pela cabeça de alguém assim tão desprezível, nada é tão mutável quanto os pensamentos e o ser humano.
Digo e repito: humanos me irritam!
Porém já reparou como é fascinante quando conhecemos alguém pessoalmente? Essa é a única situação que somos todos iguais (suponho), ai sim você começa a perceber o que eu tento dizer. Essa outra pessoa, você passa analisar como ela se move, o jeito que ela se expressa verbalmente, o cheiro não habitual, a preocupação com as atitudes, o sorriso e os olhos que procuram afoitos um espaço dentro da tua vida... Se é que me entendes, estou falando de reações que inevitavelmente se transformam em sensações, vulgo “sentimentos”.
Complexo inconstante, isso sim é o que meu mundo se torna cada vez que eu paro pra viver, sinto uma vontade de sempre fazer parte e mostrar para outros o quanto é especial aquele momento, e como é importante vive-lo, talvez eu seja uma idealista ou uma sonhadora sem sonhos, mas apesar de minha simpatia pelos queridos pingüins, é de humanos que eu me ocupo. Nunca vou conseguir explicar exatamente o que eu vejo e penso a respeito de tudo isso, mas acho que os que me conhecem já entendem um pouco. Eu não trocaria essa satisfação de ser única entre todos, e de ser todos em um só, por uma existência seguida em linha reta, sem ao menos uma vez olhar pro lado e notar a vida e seus habitantes, afinal We are all dust in the wind...
sexta-feira, fevereiro 2
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4 comentários:
Perfeito...
Me lembra alguem que conheço muito bem...
adorei potrancaaaa
meu
ahah conseguiu então por no papel nossa conversa!!!
linda
aiai como me orgulho dese pitel
e viva as sensações!!!
fico mto bom ,eh incrivel como tu consegue, acalmar minhas neuras! nao quero te perder nunca sabe, eh perfeito ficar lendo as coisas que tu escreve e ficar pensando no sentido e no peso das palavras..
eh incrivel nao tenho oq dizer. sinto nao te conhecer, d verdade, se eu pudesse te ver uma unica vez!
ahhh tu iria pedir penico! xD
* vo te bate fix*
;**
Oh yeah...
O silêncio tem um peso tão grande que chega a dilacerar os mais belos sentimentos que poderiamos alimentar por um ser que simplesmente se cala :}
Fiquei com vontade de escrever isso ^^
Pq tu nao faz pscicologia?
:x
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