domingo, março 18

e se?

Existe uma linha que se atravessada passa a ter um novo sentindo?
Ou seria apenas a ilusão que nosso cérebro programado nos impõe, para aceitarmos aquilo como nova realidade, sendo que ela nunca mudou, continua a mesma que era antes de você a perceber. Não suporto ter que sempre pensar ambiguamente sobre tudo, como se não fosse possível a simplicidade de apenas ser, longe de questionamentos infinitos.
E se, e se e se... Isso faz meus dedos ficarem inquietos, a dúvida, a possibilidade, a contagem dos dias, as minhas atitudes tão definhadas pelo prazer de controlar minhas emoções, gritando a plenos pulmões o seu ódio e nojo por existir, e o seu amor por algumas pessoas, queria ter coragem de dizer.
Ultimamente tenho andado de olhos bem abertos, encarando apenas um lado da vida, simples assim: você é eu sou, o resto é o resto.
Nada de perguntas, de suposições, e tentativas frustradas de adivinhar o que aconteceria se não fosse aquilo, naquele momento, naquela luz, com aquele sorriso e com aquela pessoa.
Respirar um pouco entre minhas noites mal dormidas, cervejas e cigarros abafados pelo barulho estridente de sempre viver dentro de mim, e eu sorrio pra você, pois acostumei à fortaleza arredia, aliás cheia de sofás vermelhos...

quinta-feira, março 8

mais uma idéia que não faz mto sentido

Eu estava cega e não sabia, todos me parecem mais crus, e se eu sempre despejei a verdade na cara de qualquer um, agora fiquei insuportavelmente crítica, e realista quanto às coisas que me afetam.
Incrível como tem gente que enche a boca pra falar de suas ideologias, sem ao menos ter vivenciado elas, e tem gente que consome o pensamento alheio para se martirizar e provar alguma futilidade pra alguém, isso me dá nojo. E é o que eu percebi que já acontece comigo, sempre arquei com as conseqüências, na minha vida toda odiei falsos rebeldezinhos, que no primeiro esbarrão com a realidade, fogem pra dentro da comodidade ao alcance de um arrependimento.
È fato que somos fracos e manipuláveis, mas o que nos nutre também nos destrói e vice versa, não é mesmo?
Por isso engolir palavras não é algo fácil de fazer quando paralelo a ela, uma atitude sucumbi aos teus valores, que são só seus e não são favorecidos pelo julgamento de ninguém, eu tenho meus limites, longe do puritanismo. Mas volto a me analisar:
Acredito que se você se deixa em segundo plano por muito tempo, acaba esquecendo o gosto das coisas, e também o valor que alguém pode dar a tuas idéias, desconexas, mas extremamente francas, pelo menos pra pessoa ali do outro lado do reflexo.
Demasiadamente limitada quanto a interferir na vida de outra pessoa, o meu maior medo, é talvez nunca ser capaz de existir pra alguém, compartilhar algo tão grande que seja o suficiente pra me fazer abrir os olhos todos os dias e pensar: - “tudo completo”.
Tem dias que eu chego a me conformar, a pensar de maneira sensata sobre meus relacionamentos, e o que eu desejo deles. Sou do tipo que faz milhares de promessas pra si mesmo, e não cumpre nem metade delas, e as vezes o faço da pior maneira, com um jeito bruto que só o silêncio possui.